quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FIM DE ANO



Bom, mensagem de fim de ano! Sejam muito felizes ano que vem (e no fim desse também...), estudem muito, aproveitem a vida! Não adianta ficar se lamentando nem esperando que um milagre aconteça. Temos que trabalhar para que as coisas boas aconteçam. Se não aconteceram... certamente não fizemos tudo o que podíamos ou não era mesmo para acontecer!
:(

Bem, meu fim de ano está muito agitado, estou pesquisando muito pouco (bem aquém do que eu desejo)... estou atarefado no serviço... bem, as férias estão aí para isso, né? Tenho que apresentar minha monografia em março de 2011, e preciso apressar meu trabalho.

Finalizando, agradeço de coração todas as visitas recebidas no meu Blog, fico muito feliz em saber que o que escrevo está sendo lido por vocês. Meu sonho é um dia poder lançar um livro, e esse Blog é um meio de manter esse sonho vivo. Obrigado, mais uma vez!

Essa foto aí de cima é também uma forma de agradecer a minha esposa pelo carinho e companheirismo ao longo do ano de 2010. Não é fácil me aturar, acreditem! :)

Um abraço a todos, até 2011!

Marechal Hermes da Fonseca - Parte II

Vou continuar falando sobre o Marechal Hermes da Fonseca, sem dúvida um expoente tanto militar quanto civil. Era sobretudo um patriota e agia sempre pautado na sua visão do que seria melhor para o país. Por conta da sua capacidade em agradar tanto os seus superiores quanto aos políticos, chegou a ser presidente do país entre 1910 e 1914.

REFORMAS MILITARES

Vou aprofundar um pouco mais nas reformas do Marechal Hermes. Deu enorme ênfase para o recrutamento, visto que a falta de efetivo mobilizável em tempo de guerra era um problema recorrente no Brasil. Tivemos problemas para mobilizar pessoal para a guerra contra Solano Lopez, na luta em Canudos, no Contestado e por fim na questão do Acre. Sendo assim, instituiu o serviço militar através de sorteio, com a lei nº 1860 de 4 de janeiro de 1906. Pretendia escolher sem privilégios, e chamar à Caserna tanto os ricos quanto os pobres. A lei gerou muita discussão e não funcionou bem a princípio, mas foi um passo importante para a História Militar Brasileira.
Outra mudança foi em relação ao local dos aquartelamentos. Resolveu agrupar os quartéis ( medida já defendida antriormente pelo General Mallet, que também foi ministro da Guerra) em locais escolhidos através de pesquisa realizada pelo Estado-Maior. Antes dispersos nos territórios nacionais, eles passariam a ficar próximos, exigindo menos recursos para serem mantidos e gerando maior rapidez na concentração e formação das chamadas "Grandes Unidades" (brigada e divisão, que antes só eram formadas durante as guerras). Criou as escolas regimentais, onde eram ministradas instruções práticas para as praças, que antes, em muitos casos, não tinham sequer treinamento de tiro! Em Canudos, por exemplo, ficou evidente que os sertanejos atiravam muito melhor que os soldados do governo!!! Lutou para que o Brasil tivesse sua própria fábrica de pólvora, para ficar menos dependente de governos estrangeiros. Militares brasileiros estagiaram no Exército Alemão, a fim de adquirir conhecimento para profissionalizar o Exército Brasileiro. Mais tarde, seriam conhecidos como "Jovens Turcos", que já é uma outra história... quando tudo levava a crer que uma missão alemã viria ao Brasil para instruir nossos oficiais, pressões, principalmente de São Paulo, que havia contratado uma missão francesa para instruir os oficiais da força pública do Estado, fizeram com que os franceses tivessem prioridade. Mas isso também é outra história...

PRESIDENTE!

Disputando com Rui Barbosa a presidência em 1909, Hermes mostrou sua força no cenário político nacional. Destaca-se que Rui Barbosa era uma figura extremamente popular, e na literatura sobre o assunto achamos inclusive insinuações de que as eleições foram fraudadas de alguma forma... verdade ou não, o governo do Marechal Hermes foi extremamente conturbado. Foi a época da política "Salvacionista", que consistia na inserção de militares nos governos estaduais, o que gerou muitos problemas ao interferir na oligarquias estaduais.

Bom, terei que escrever mais um post sobre esse assunto para encerrá-lo. Recomendo (se é que já não recomendei antes...) a leitura do livro "Soldados da Pátria", do americano Frank D. MacCann, que tem uma visão bem fundamentada sobre o assunto.

Bem, é isso por enquanto. não sei se vou falar desse assunto na sequência, mas com certeza vou fazer uma terceira parte. Até mais!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O Marechal Hermes da Fonseca - Parte I



Um dos maiores vultos da História Militar Brasileira, o Marechal Hermes da Fonseca (sobrinho do Marechal Deodoro da Fonseca, o proclamador da República) é o principal responsável por uma das maiores reformas que o Exército Brasileiro já passou. Contarei seus feitos a partir de 1904 em diante em duas partes. Na segunda parte, deixarei a Bibliografia utilizada.


Hermes Evita uma Revolta


No fim do século XIX e início do XX, o Exército tinha em suas fileiras oficiais doutrinados pelo Positivismo, uma linha de pensamento a favor do progresso pela ciência e contra a guerra e o uso da violência. Essa influência acabou alterando a instrução, tornando a formação do oficial muito acadêmica, isto é, mais voltada para a ciência do que para a guerra. Os veteranos da Guerra do Paraguai eram ignorados (muitos até ridicularizados) e só se dava valor as doutrinas filosóficas e científicas. A consequência disso foi o envolvimento desses militares, os chamados "bacharéis", com a política. Em 1904, com as reformas na cidade do Rio de Janeiro, a vacina obrigatória foi instituída pelo Ministro da Saúde Oswaldo Cruz, desagradando muitos. Serviu de pano de fundo para alguns políticos e militares incitarem uma revolta que na verdade queria depor o presidente Rodrigues Alves. foram 8 dias de revolta, quebra-quebra e confusão nas ruas da cidade, que ficou em estado de sítio. Duas unidades militares se rebelaram: A Escola Preparatória do Realengo e a Escola Militar do Brasil, na Praia Vermelha. A Escola de Realengo teve o movimento descoberto pelo então General Hermes da Fonseca, que tratou de anulá-lo. A Escola Militar da Praia Vermelha travou combate com as forças do governo na tentativa de depor o presidente no Palácio do Catete, mas foi rechaçada. Havia muito tempo que os ministros alertavam quanto às necessidades de reformulação do Exército. Porém, nenhum teve êxito em convencer o governo.


Comandante do 4º Distrito Militar


Foi nomeado Comandante do então 4º Distrito Militar (Rio de Janeiro, capital federal na época) em 1905, e logo empreendeu treinamentos em conjunto com as diversas Unidades Militares da Capital. Deslocou as tropas até Santa Cruz, numa manobra que fez toda a cidade comentar (muitos assustados, pensando se tratar de uma guerra...). Vendo que o resultado prático não tinha sido bom (na verdade foi muito ruim), resolveu realizar um novo exercício, desta vez com a presença de autoridades civis e militares, inclusive o próprio presidente, em 1906. Com isso, demonstrou na prática que era necessário investir no Exército!

A primeira mudança veio ainda em 1906, com a renovação do currículo das escolas militares, que tiveram inclusive a forma de ingresso e as denominações modificadas. A Escola Militar da Praia Vermelha foi extinta (muito devido a sua localização próxima ao palácio do governo... havia o medo de uma nova revolta).


Marechal Hermes: Ministro da Guerra


Em 15 de novembro de 1906, Hermes assume o Ministério da Guerra e começa o processo de modernização do Exército instituindo o serviço militar obrigatório por sorteio e as Brigadas Estratégicas (grandes concentrações de quartéis visando melhorar o treinamento conjunto e facilitar a mobilização para a guerra). Em 1908 é convidado pelo Kaiser Guilherme II para conhecer o Exército Alemão, voltando dessa viagem convencido a mandar uma missão militar para obter conhecimentos nesse exército.
Continua...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Reta Final!

Senhoras e senhores minha pós-graduação entrou na reta final! Sexta passada (22/10/2010) realizei as últimas provas (período pós-Segunda Guerra: Geral e Brasil) e agora só resta a monografia! Lá se foram 18 meses de estudo e agora terei mais 4 meses para terminar e defender meu trabalho!

Minha monografia versa sobre a criação da Vila Militar do Rio de Janeiro e seu papel no desenvolvimento do Exército. Estou acumulando material desde o início do ano e já tenho o suficiente para escrever bastante! Ainda falta alguma coisa pra ficar bom... hora de correr atrás!

Como vocês podem imaginar, estou atarefado com isso (além das responsabilidades no trabalho e com a família) e não tenho publicado com frequencia. Mas vou procurar pelo menos uma vez por semana escrever por aqui (gosto muito de escrever!).

Bem, é isso! Agradeço o apoio de todos e as mensagens sempre animadoras. Isso me dá forças para continuar trabalhando em meus projetos! Obrigado de coração!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Carlos Martel: A Batalha de Tours


Olá, pessoal! Vou continuar a descrever as lutas e procedimentos militares no início da chamada "Idade Média". Falei um pouco sobre a época de Carlos Magno e agora vou voltar um pouco mais no tempo para contar sobre a maior façanha de seu avô Carlos Martel, a chamada Batalha de Tours (ou de Poitier).

Carlos Martel

Filho bastardo do rei pepino de Herstal, participou da guerra civil que durou de 716 até 718 na Austrásia (norte da França atualmente) contra o Duque Odo da Aquitânia (porção da França atual que faz fronteira com a Espanha ao norte) se tornando "Mor Domus" do palácio (daí a expressão mordomo que utilizamos até hoje para designar aquele que cuida da casa para o patrão) , uma espécie de prefeito , braço direito do rei (na verdade o Mor Domus era o líder de fato). Passa a governar sobe boa parte do Reino Franco. Nessa época a dinastia Merovíngia estava em declínio, e as vitórias nos combates deram a Martel muita fama e consideração do povo. Sua alcunha "Martel" (significa martelo, mesmo!) se deve a sua ferocidade em combate e a utilização do martelo como arma predileta.

Os Árabes

Investiram sobre a Espanha (que chamavam de Al-Andalus) a partir do já conquistado norte da África e derrotaram os Visigodos que lá estavam estabelecidos, chegando as portas do Reino Franco. O comandante desta empreitada era Abdul Rahman Al-Gafiq, uma verdadeira lenda viva para seus guerreiros. Abdul Rahman conseguiu o que nem seu próprio povo acreditava com suas conquistas, visto que agia longe do Califado de Bagdá e com praticamente nenhum apoio. Os árabes eram guerreiros agressivos e suas cargas de cavalaria eram temidas.

O ataque

A primeira tentativa de ataque árabe falha em 721, onde são repelidos pelo Duqe Odo. Só tentam uma nova investida anos depois, em 731, desta vez impondo uma dura derrota às tropas da Aquitânia na Batalha do Rio Garonne, ainda sob o comando do Duque Odo, que se vê obrigado a pedir ajuda à Martel, seu antigo desafeto. A vitória deixou a tropa árabe de posse de muitas riquezas e com moral elevadíssima. Descuidaram, pensando que ninguém teria coragem de atacá-los. Martel, então, reuniu o exército nas tribos Francas e partiu para o combate sem demora. Ao ver as tropas Francas em posição, Abdul Rahman ficou atônito e sem saber o que fazer... a tropa só pensava em defender as riquezas recém conseguidas. Depois de alguns dias de preparação, a batalha começou. Martel mandou alguns cavaleiros contornarem o combate e partir para a Aquitânia a fim de salvar os prisioneiros (que eram nobres e seriam trocados por resgates valiosos). Os árabes se desesperaram e perderam totalmente a organização. Abdul Rahman resolveu então tentar matar Martel. Não obteve êxito e ainda perdeu a vida. Os árabes entraram em pânico ao ver seu líder morto e debandaram, retornando para a Espanha. Era a vitória!

Bom, resumidamente foi assim que ocorreu. O "mundo ocidental" podia ser diferente hoje em dia caso os árabes vencessem essa batalha, pois provavelmente dominariam boa parte da Europa. Ou não... vai saber! rs... Bem, qualquer dúvida ou observação é só utilizar os comentários. Até a próxima!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A época de Carlos Magno


Olá para todos! Após as festividades de comemoração do aniversário da minha filha estou de volta! Resolvi neste post falar sobre uma época deveras interessante: o início da chamada "Idade Média", a época do famoso Carlos Magno. Vou fazer o seguinte, vou explicando as coisas através de tópicos, assim fica mais organizado!

Quem foi Carlos Magno?

Foi rei dos Francos durante o período que vai de 774 até 814. Foi coroado imperador do Sacro Império Romano Germânico em 800. Filho de Pepino, o breve e neto do grande guerreiro Carlos Martel, que evitou a invasão árabe que ameaçava o ocidente a partir da Espanha.

Qual a importância de seu reinado?

Carlos magno unificou os povos Francos, que viviam em conflito, impondo a fé cristã na região. Por sua intervenção salvou o Papa dos lombardos, povo que ameaçava as terras da Igreja. Contribuiu sobremaneira com a cristianização de toda a Europa, que tinha a influencia muçulmana na Espanha e de outras crenças dos povos espalhados nas outras regiões. Foi essencial na fixação dos povos nômades e do início do sistema feudal.

Como era organizado o Exército na era de Carlos Magno?

Todo camponês devia obediência a um nobre local, que o recrutava quando necessário. Não havia treinamento combinado. Cada um treinava quando achava que devia. Os nobres eram cavaleiros (somente eles tinham recurso para manter o equipamento e o cavalo de combate) e treinavam desde muito cedo as artes de combater. Somente os nobres utilizavam a espada. Os camponeses eram a infantaria e lutavam com lanças, arcos ou com o que tivessem a disposição, dependendo do nobre que serviam. Nessa época surgiram inovações no combate, como a cavalaria pesada, onde o cavaleiro usava armadura sobre o cavalo que também podia ser protegido por placas ou cotas de malha.

Quem eram os paladinos?

Esses são famosos nos RPGs. Os paladinos eram a guarda do palácio, os cavaleiros próximos ao Maior do Palácio (responsável pela guarda do rei). Como os reis eram muito religiosos, estes geralmente também o eram. Daí toda a aura de "defensor da justiça" dos paladinos dos RPGs. Não tinham restrição quanto ao uso de lâminas. Talvez essa percepção de alguns venha da figura de Carlos Martel, o paladino mais famoso, que lutava com um martelo enorme!

Nos próximos posts escreverei mais sobre esse assunto. estou a disposição para responder alguma dúvida sobre o período. Quem quiser perguntar basta deixá-la nos comentários! Um abraço!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tróia

Olá galera!

Comecei a ler um livro chamado "O incêndio de Tróia" da Marion Zimmer Bradley e estou curtindo muito. Como ela já havia feito em "As brumas de Avalon" a história é contada do ponto de vista de uma mulher, no caso Kassandra, irmã gêmea de Páris. Eu li a "Ilíada" e está sendo muito legal ver a história por um outro ângulo. E outra, na "Ilíada" a história começa já durante a Guerra de Tróia, enquanto neste livro temos os "antecedentes". Vale muito a pena!

Ainda não avancei muito, estou na página 127, mas já posso recomendar o livro sem medo!!!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Diário do Exército - Campanha do Paraguai

Bom dia a todos! Como havia prometido anteriormente, transcreverei algumas passagens do Diário de Guerra de Conde D'Eu, versando sobre fornecimento de gado e sobre uma incursão de um destacamento:

"O comandante da praça de Humaitá comunicou que, sem atenderem às advertências do Comando-em-chefe, os fornecedores Lesica & Lanus persistiram em conservar uma invernada de 8000 reses entre o Passo da Pátria e o Rio Tebicuray, em pontos não livres de um ataque inimigo. Sua Alteza determinou, pois, que desde já ficava expressamente proibida a estada de grandes porções de gado em território paraguaio sob pretexto de descanço, devendo o comandante de Humaitá e o chefe da estação naval vigiar na repressão de tal abuso, fazendo com que as invernadas se mantenham todas em terras correntinas.
- Da vanguarda, recebeu o quartel-general um telegrama participando que, na exploração da manhã até Patiño-Cuê haviam-se adiantado algum tanto imprudentemente do grosso da cavalaria doze homens comandados pelo Capitão Fonseca Ramos, os quais, envolvidos logo por infantaria inimiga, tiveram que abrir caminho à espada, perdendo quatro homens e quatro cavalos, e ficando ferido aquele oficial e um soldado a mais."


Podemos analisar o problema que tivemos para fornecer alimentação à tropa. Não só o gado como a forragem para os cavalos eram fator primordial para a continuidade da luta. Era comum o atraso na entrega e o saque, por isso a preocupação do Conde D'Eu. O incidente com os cavalarianos ilustra que na terceira fase (e última) da campanha, a vontade de encerrar de uma vez a guerra fazia com que alguns se precipitassem buscando o combate, mesmo que de forma pouco aconselhável.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Dificuldades da Guerra

Estudando o diário de campanha do Conde D'Eu (Escrito pelo Visconde de Taunay), constatei mais uma vez o quanto é difícil permanecer combatendo em terreno inóspito. Muitos dos comandantes de nosso Exército eram senhores em idade considerável para a época. Imaginem agora esses senhores tendo que progredir em um local alagadiço, cheio de mosquitos, com chuvas constantes, calor... bem, só por causa de doenças perdemos muitos homens na Guerra do Paraguai. Generais gabaritados como Osório e Caxias tiveram que deixar o campo de batalha doentes mais de uma vez ao longo da campanha.

A situação do terreno complicava a logística e muitas vezes a tropa passava dias com ração reduzida. Outro fato que muito contribuiu para a insalubridade da tropa foi o surto de Cólera, que se alastrou rapidamente.

Numa próxima vez vou transcrever trechos do diário de campanha para ilustrar esses fatos. Hoje estou sem tempo e cansado... um abraço a todos!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Guerra do Paraguai - Conde D'Eu


Estou preparando uma apresentação para essa sexta feira (20/08/2010) sobre o comando do Conde D'Eu na Guerra do Paraguai. Sempre ouvi dizer que ele chegou com a guerra ganha, que só ganhou o comando porque era genro de Don Pedro II etc. Bem, na verdade essas coisas tem seu fundo de razão...

O Conde D'Eu não era leigo no militarismo, havia participado de campanhas no norte da África (Marrocos) lutando no Exército Espanhol (ele era francês de nascimento). Cursou academia militar e conseguiu ser declarado capitão. Ao casar com a Princesa Isabel, o nosso imperador o declarou oficial do Exército Brasileiro e o promoveu à Marechal de Exército... bem, ele tinha 24 anos, apenas... quando Caxias teve que sair de cena, derrotando a maior parte do Exército Paraguaio e assegurando a ocupação de Assunção, o cargo de Comandante em Chefe poderia ir para alguns oficiais bem gabaritados, como Osório, por exemplo, que tinha muito mais experiência do que a maioria dos outros. Mas ficou mesmo com o Marechal Conde D'Eu! Pois é, é a "peixada" desde sempre no Exército...

Brincadeiras a parte, o Conde fez um trabalho digno apesar de tudo, e a campanha teve o desfecho mais que esperado, com a morte de Solano Lopez.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O Museu Naval - Nossa História

Estive hoje, mais uma vez, no Museu Naval, localizado na Praça XV, Rio de janeiro. É um ótimo lugar para quem curte a História Naval Brasileira. Lá existem maquetes de navios de várias épocas, canhões variados, uniformes e outras atrações que deixam o fã doido. Para quem quiser visitar, fica praticamente ao lado do Passo Imperial, próximo às barcas.

Quanto mais me aprofundo na História Militar do Brasil, mais fico chateado com as pessoas que só gostam de estudar a História de outros povos. Existem muitas coisas muito interessantes para se estudar Brasil afora! Se você mora no Rio, pode explorar o centro da cidade, onde muitas construções e locais históricos estão à disposição para a visita! Tivemos aqui a França Antártica, a Revolta da Vacina, o levante Tenentista... Mas se você mora no sul tem a Farroupilha, a Guerra do Paraguai, a campanha do Contestado... no nordeste pode estudar as invasões holandesas, no norte a questão do Acre, em São Paulo os Bandeirantes, a revolução de 1932, e assim por diante. Isso sem contar que de qualquer Estado ou cidade qualquer um pode ler sobre qualquer acontecimento citado! Temos muitos vultos nacionais de grande importância que muitas vezes são ignorados! Poucos saberiam dizer quais foram os feitos do Marechal Rondon, por exemplo. Responda rápido: por que a capital do Acre se chama Rio Branco?

Se você não soube responder às questões acima, pense se não é a hora de começar a pesquisar a História de seu país...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Franceses no Rio de Janeiro

Hoje publicarei uma pequena parte do trabalho que fiz como prova na Pós Graduação. Publicarei a parte que versa sobre a invasão francesa no Rio de Janeiro (O trabalho fala sobre outras coisas também). Bem, aqui está:

Portugal queria um caminho exclusivo para chegar até as índias. Partiram seus mais gabaritados navegadores, contornaram a África e fundaram feitorias ao longo da costa. Cruzaram o Cabo das Tormentas, que foi rebatizado de Cabo da Boa Esperança. Porém, em 1500, chegaram a uma terra até então desconhecida (ou pouco conhecida?). Nessa terra, que ficaria conhecida como Brasil, inicialmente não foram encontrados metais preciosos. O principal produto que se extraía era o chamado Pau-Brasil, (cuja primeira leva chegou a Portugal através da expedição de Cristóvão Jacques, em 1503) de onde se retirava a matéria prima para tingir tecidos na cor vermelha. Os poucos portugueses que ficaram naquela terra nos primeiros anos não construíram nem estabeleceram defesas sólidas. Não havia muito com o que se preocupar, afinal, não havia metais preciosos, que eram a grande ambição dos Estados. No livro “Brasil – França, relações históricas no período colonial”, no texto de Lucien Provençal, lê-se: “Dom Manuel, que iria reinar até 1521, não tinha maior interesse pelo Brasil. A princípio era só uma aguada a caminho das lucrativas Índias.” (MARIS, VASCO, 2006, P.24). Porém, navegadores de diversas nacionalidades começaram a assediar o litoral brasileiro para extrair suas riquezas, principalmente o Pau-Brasil. Dentre eles, destacam-se os franceses, que investiram diversas vezes em nosso território entre 1503 e 1530, com destaque para os homens do armador Jean Ango, atuando a serviço do rei de França. Com a ascensão de Dom João III cresce o interesse no Brasil e em 1530 seguiu para o litoral brasileiro a expedição de Martim Affonso, com ordens para distribuir terras e de fortificar a costa. O sistema de Capitanias Hereditárias era uma tentativa de Portugal para estabelecer na região seu domínio utilizando o mínimo de recursos possíveis. Aos donatários cabia, entre outras coisas, prover a defesa de sua Capitania. Nesses primeiros anos da colonização portuguesa, surgiram os movimentos de exploração do interior do país, em busca, principalmente, de ouro e prata. Eram as chamadas Entradas, que junto com as posteriores Bandeiras seriam fator primordial da expansão do nosso território.
Fica evidente que nesse período Portugal não tinha como investir de forma efetiva na defesa do imenso território brasileiro. Na verdade, não havia prevenção, caso houvesse a notícia de algum ataque ou do estabelecimento de algum contingente não português no Brasil, era organizada uma expedição para retomar a posse do local. Vejamos este caso, descrito no livro “Resumo da História do Brasil”, de Salvador D’Albuquerque:


“Foi assim que um navio de Marselha, tendo vindo à Pernambuco carregar Pao Brasil accupou a feitoria d’Itamaracá, fundada por Cristóvão Jacques em 1526 ou 27 e nella deixou setenta Francezes, para guarda-la como sua.
Logo, porem, que isto foi sabido em Lisboa, expedio El Rei uma armada em dezembro de 1530, sob o commando de Duarte Coelho Pereira para os lançar fora dalli, o que completamente conseguio, expulsando os Francezes e tudo o que elles tinham feito...” (sic) (D’Albuquerque, 1848, P.18)

No século XVI era impossível vencer qualquer combate ou empreender qualquer missão militar sem apoio dos índios. Esses eram divididos em várias tribos que estavam em constante estado de guerra uma com as outras. Como nessa época a arma de fogo ainda não era muito sofisticada , o arco e a flecha indígena se mostravam armas eficazes. Por vezes o contingente de índios era superior ao de homens brancos nas batalhas.
A primeira tentativa efetiva de se instalar uma colônia não portuguesa em solo brasileiro foi intencionada pela França.

“Com a intensificação da guerra civil religiosa na França o almirante Coligny, principal ministro do rei francês Henrique II, decidiu enviar à Guanabara uma missão calvinista para estudar a possibilidade de aqui instalar uma grande colônia para abrigar os protestantes que estavam sendo perseguidos na França pelo rei católico”.(Mariz, 2006, P. 51). (MARIS, VASCO, 2006, P.24)

Com a Europa em guerra por motivos religiosos, as agressões aos Estados se entendiam às colônias. Como podemos observar da passagem acima, a idéia de Coligny era sondar no Brasil, especificamente na Guanabara, a possibilidade de se estabelecer aqui uma colônia protestante, resolvendo assim um problema que estava se tornando sério na França: as desavenças entre estes e os católicos. Mandou uma expedição chefiada pelo almirante Nicolas Durand de Villegagnon, um experimentado militar francês que já havia por vezes se destacado por sua bravura em combate.

“Villeganon atuou intensamente nas guerras de religião na França e defendeu com sucesso as cidades de Sens e Auxerre, vizinhas a Paris, contra os ataques das tropas protestantes do Príncipe de Conde”.( Mariz, 2006, P. 54).

Após uma viagem de reconhecimento que chegou na região de Cabo Frio, provando o quão desprotegida era nossa costa, o rei Henrique II se decide a mandar a expedição definitiva ao Rio de janeiro em 1555. Villeganon recebe parcos recursos do rei de França, mas usa seus próprios recursos para equipar os navios. Porém, dada a finalidade da missão, não pode contar com uma tripulação profissional, acabando por recrutar muitos homens desqualificados e até condenados pela justiça. Se estabelecer numa terra distante e desconhecida não agradava a muitos. Contratou soldados escoceses para compor uma guarda profissional, e levou um índio que tivera sido trazido à Europa anteriormente.
Porém, em 1549, percebendo a necessidade de um poder central para melhor desenvolvimento do Brasil, Don João III envia Thomé de Souza como governador geral do Brasil e junto com ele militares profissionais e missionários jesuítas, entre eles o padre Manoel da Nóbrega. Foi fundada a cidade de San Salvador, que serviria de centro administrativo da colônia. Na região da atual cidade do Rio de Janeiro, porém, não havia ninguém. As vilas mais próximas eram São Vicente e Espírito Santo. No entanto, os franceses chegaram à Baia de Guanabara sem serem importunados e fundaram um forte (forte de Coligny) em uma ilha que os índios chamavam de Serigipe. Villegagnon conseguiu a amizade dos índios, mas como era um homem rígido em seus princípios, teve muitos problemas com seus comandados que, como dito anteriormente, não eram as pessoas mais adequadas ao empreendimento. Chegaram a construir casas e até uma olaria na porção continental. A essa povoação chamaram de Henriville, em homenagem a Henrique II. Mais navios chegaram trazendo calvinistas, o que aumentou o descontentamento dos colonos franceses. Alguns desertaram, e a situação se agravou a ponto de Villegagnon retornar a França em 1559.
Somente em 1557, através da delação de um desertor, os portugueses tomaram ciência da posição dos franceses na Baia de Guanabara. Mesmo assim, devido à demora para angariar reforços e ao grande respeito que o nome de Villegagnon impunha, só atacaram em 1560, quando tiveram notícia da saída do almirante francês.
Mem de Sá, Governador Geral do Brasil, atacou o forte Coligny, encontrando dura resistência apresentada sob o comando de Bois-le-Comte. Atacou, então, Henriville, destruindo a cidade e os poucos franceses que encontraram, pois a maioria havia se abrigado no forte. Os portugueses, após dias de bombardeio, conseguem tomar o forte em uma ação de surpresa: alguns homens escalaram o morro em que o forte se encontrava. Foi uma espécie de “ação de comandos”. Explodiram o paiol, e os defensores fugiram para a terra. Não houve, porém, perseguição, e os franceses permaneceram na Guanabara até 1565, quando Estácio de Sá, finalmente, ergueu as bases da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Até 1567, ano da vitória definitiva, os portugueses sofreram vários ataques, expulsando os franceses remanescentes a muito custo, e Estácio de Sá pagou com sua própria vida, vítima de uma flecha envenenada de um índio que lutara ao lado dos franceses, no assalto à Mont Henri (Morro da Glória).

Notas:
1. As armas dessa época disparavam com o sistema de mecha, onde a “mecha” era um cordel que queimava de forma lenta e ficava sempre à mão do arcabuzeiro ou do mosqueteiro para poder detonar o rastilho de pólvora. Quando chovia, ficava praticamente impossível disparar!

Bibliografia:
• Mariz, Vasco. Brasil-França: Relações históricas no período colonial. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 2006.
• Andréa Frota, Guilherme de. Quinhentos anos de História do Brasil. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 2000.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Situação do treinamento militar

No fim do século XIX o Brasil sofria com a falta de locais adequados para o treinamento. O adestramento da tropa era realizado em locais públicos, onde aconteciam muitos acidentes. Transcrevo aqui parte do Relatório do Ministro da Guerra de 1887 que versa sobre esse problema:


"No dia 09 de setembro do ano passado realizaram-se em Botafogo, sob direção de Sua Alteza real o Sr. Marechal de Exército Conde D’Eu, exercícios militares nos quais tomaram parte os alunos da Escola Militar e contingentes dos corpos das três armas da guarnição da cidade, do Batalhão de Engenheiros e Corpo de Aprendizes Artilheiros (...) O local escolhido para os que se efetuaram em setembro último patenteou a conveniência de serem tais exercícios realizados em pontos afastados da cidade, ainda mesmo acarretando eles algum aumento de despesa. Assim se evitarão acidentes, que infelizmente se deram em Botafogo, devidos à aglomeração excessiva de espectadores, aos muitos edifícios urbanos que limitam as vias de comunicação e ao trânsito constante de veículos de toda a espécie.”
Relatório Anual do Ministro da Guerra, 1887, Pg. 19

Essa é mais uma evidência da necessidade, naquela época, de novas locais destinados tanto ao aquartelamento quanto ao treino dos efetivos. E mais um ponto que favoreceu a construção da Vila Militar.

domingo, 8 de agosto de 2010

Dia dos Pais


Hoje, dia dos pais, gostaria de homenagear todos aqueles que cuidam com amor e carinho de seus filhos. Ser pai é uma responsabilidade e tanto, uma missão deveras complicada. Lembro de que quando minha filha nasceu e a vi no colo da enfermeira pela primeira vez. Pensei: "E agora, meu Deus? Sou uma pessoa cheia de defeitos, um cara com tantas inseguranças... será que serei um bom pai?". Logo, lembrei de meu pai e das coisas que fiz e falei ao longo da vida. Automaticamente, como num passe de mágica, entendi muita coisa que ele tinha feito. Ser pai é ter que dar sempre o exemplo e, nossa, como é difícil! Como mudei minha postura! "O que meu filho(a) vai pensar de mim?". Acho que os pais pensam muito nisso, pode acreditar... pelo menos os bons pais pensam assim!

E é por reconhecer essa dura missão, e por meu pai ter a cumprido de forma tão digna que agora escrevo este post agradecendo por tudo e me desculpando por todas as vezes que não compreendi que, mesmo quando eu era contrariado, meu pai tentava desesperadamente fazer o melhor. Que Deus abençoe todos os pais, e que me faça um bom pai também.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Força Expedicionária Brasileira


Bom dia! Resolvi escrever hoje sobre a Força Expedicionária Brasileira (FEB) pois é um assunto pelo qual tenho especial interesse. O Brasil foi o único país sul-americano a enviar tropas para lutar na Segunda Guerra Mundial. A Argentina, por exemplo, só declarou guerra contra os países do Eixo quando a luta já estava praticamente decidida. Fomos praticamente forçados a reagir de alguma forma, uma vez que fomos atacados. Nossos navios mercantes estavam sendo afundados em alto mar e na Europa, e após o Brasil romper relações com os países do Eixo eles eram atacados em nossas próprias águas territoriais, levando muitos brasileiros à morte. Esse foi o fato de maior relevância para a formação da FEB, pois a opinião pública exigia uma resposta às hostilidades, afinal, muitos perdiam parentes e amigos.

Muita gente que curte estudar a Segunda Guerra não leu ainda sobre a nossa participação. Ela foi importante, podem acreditar! O Brasil, em acordo com os Estados Unidos, cedeu temporariamente locais no nordeste para a montagem de bases, facilitando o transporte de tropas aliadas que gastariam muito mais tempo e recurso se tivessem que partir de outro ponto. O saliente nordestino era chamado de "trampolim da vitória", e muito devem a ele os aliados.

Então essa postagem tem por objetivo despertar em quem a lê a vontade de pesquisar sobre nossos feitos na guerra!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Holandeses no Brasil!




No ano de 1630 o Brasil, então sob o domínio luso-espanhol desde 1580, com a União Ibérica, foi invadido pelos holandeses (pela segunda vez, já que a Bahia havia sido invadida poucos anos antes). É um período muito legal de estudar, na minha opinião, pois encontramos vários nomes de destaque na história, seja pela astúcia, seja pela bravura em combate ou, até mesmo, pelos seus atos desprezíveis (mas que fazem parte da história, infelizmente).

Estou postando isso hoje porque terminei de ler o livro "História das lutas com os holandeses no Brasil desde 1624 até 1654" do paulista Francisco Adolfo de Varnhagen. O livro foi escrito no século XIX, e não considero uma leitura fácil, pois o autor descreve os fatos de forma cansativa. O livro foca quase que exclusivamente nas batalhas e nos aspectos militares. A política, a economia e os aspectos sociais quase não são abordados. Isso pode ser considerado ruim por alguns, mas acho que a leitura dessa obra traz muito conhecimento para acrescentar sobre o período e é leitura obrigatória! Varnhagen pesquisou no Brasil, em Portugal e na Holanda para escrevê-lo. O livro traz, inclusive, transcrições de cartas da época.

Bem, é isso por enquanto!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Antecedentes da construção da Vila Militar

Foi em 1908 que a Vila Militar começou a ser construída. Seu projeto era parte de um plano para reformulação do Exército, que sofrera demais para organizar suas tropas na Guerra da Tríplice Aliança. Entre os problemas ocorridos estavam a falta de unidade dos efetivos, a dificuldade de mobilização e os gastos excessivos relativos à logística. As Unidades Militares estavam espalhadas. Dentro de um Estado da Federação, Rio de Janeiro, por exemplo, haviam muitos quartéis distantes uns dos outros, dificultando o treinamento em conjunto, o apoio médico, a distribuição de gêneros alimentícios, entre outros incômodos. Era necessário centralizar os quartéis como ocorria em outros países, como na Alemanha e na Argentina, por exemplo. O primeiro a propor as mudanças, não só a centralização dos quartéis, mas também a mudança no regulamento das escolas e outras mais, visando à modernização, foi o Ministro da Guerra João Nepomuceno de Medeiros Mallet, que exerceu a função de 1898 até 1902. Em seus relatórios anuais ao Presidente da República (Campos Sales)procurou mostrar a necessidade de tais mudanças. Porém, até o fim de sua gestão, não conseguiu atingir a maioria de seus objetivos...

Dois fatos históricos acelerariam o processo de construção da Vila Militar. Abordarei esses fatos em outra postagem!

Bom dia a todos, até mais!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sejam bem vindos!

Bom, este é meu blog sobre História Militar! Pretendo, com ele, discutir com os amigos e amigas assuntos sobre... História Militar! Estou cursando Pós Graduação na área e a previsão de término do curso (entrega da Monografia) é fevereiro de 2011. Minha pesquisa é sobre a construção da Vila Militar, aqui no Rio de Janeiro. Escolhi o tema porque passei minha vida inteira, de uma forma ou de outra, ligado à Vila, e achei que tinha o dever de "historiar" sobre o local.

Curto muito o período que vai da proclamação da República até a Segunda Guerra Mundial, quando o assunto é História do Brasil. A Guerra da Tríplice Aliança também é bacana de estudar!

Bom, por enquanto é isso!

Até mais, a cobra já fumou!