Bom dia a todos! Como havia prometido anteriormente, transcreverei algumas passagens do Diário de Guerra de Conde D'Eu, versando sobre fornecimento de gado e sobre uma incursão de um destacamento:
"O comandante da praça de Humaitá comunicou que, sem atenderem às advertências do Comando-em-chefe, os fornecedores Lesica & Lanus persistiram em conservar uma invernada de 8000 reses entre o Passo da Pátria e o Rio Tebicuray, em pontos não livres de um ataque inimigo. Sua Alteza determinou, pois, que desde já ficava expressamente proibida a estada de grandes porções de gado em território paraguaio sob pretexto de descanço, devendo o comandante de Humaitá e o chefe da estação naval vigiar na repressão de tal abuso, fazendo com que as invernadas se mantenham todas em terras correntinas.
- Da vanguarda, recebeu o quartel-general um telegrama participando que, na exploração da manhã até Patiño-Cuê haviam-se adiantado algum tanto imprudentemente do grosso da cavalaria doze homens comandados pelo Capitão Fonseca Ramos, os quais, envolvidos logo por infantaria inimiga, tiveram que abrir caminho à espada, perdendo quatro homens e quatro cavalos, e ficando ferido aquele oficial e um soldado a mais."
Podemos analisar o problema que tivemos para fornecer alimentação à tropa. Não só o gado como a forragem para os cavalos eram fator primordial para a continuidade da luta. Era comum o atraso na entrega e o saque, por isso a preocupação do Conde D'Eu. O incidente com os cavalarianos ilustra que na terceira fase (e última) da campanha, a vontade de encerrar de uma vez a guerra fazia com que alguns se precipitassem buscando o combate, mesmo que de forma pouco aconselhável.
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