quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Por quê abandonei o CEDERJ - Parte I

     

Salve pessoal, como vocês estão? Espero que todos estejam bem e prontos para mais um dia! Como havia prometido anteriormente, vou expor nesse post meus motivos para ter abandonado o curso de Licenciatura em História pelo CEDERJ e ter começado tudo de novo na Estácio de Sá. O assunto vai render, então dividi em duas partes: a primeira vai explicar por quê deixei o CEDERJ e a segunda explicará por quê escolhi a Estácio. Vamos lá!

     O CERDERJ foi uma ideia excelente. Os cursos superiores oferecidos à distância são uma boaopção para quem não pode cursar o presencial por qualquer motivo. Levar os cursos das faculdades federais até alunos distantes das instalações dos grandes centros foi uma iniciativa louvável. 
     Mas o meu primeiro problema foi exatamente a distância: o polo que eu frequentava (que era o mais próximo da minha residência) ficava muito distante. Como não dirijo (pois é, odeio dirigir) gastava muita grana para fazer as provas. Eram duas conduções para chegar até a FEUDUC em Caxias. O esquema das provas também não me facilitou: fim de semana sempre. O que ocorreu é que eu tinha que comparecer em dois fins de semana seguidos, sábados e domingos, manhã e tarde na maioria das vezes, só para fazer provas. E eu sou militar, tiro serviço, também nos fins de semana. Ou seja, nos meses de prova era uma dor de cabeça: dois fins de semana fazendo provas e um tirando serviço... Sou casado e tenho uma filha, ou seja, perdia um tempo valioso com a minha família em prol do estudo. Isso seria até aceitável, minha esposa e minha filha compreendiam (ficavam um pouco tristes com a ausência, mas  entendiam) mas não foi o único motivo.
     O segundo problema foi a falta de estrutura do meu polo presencial. O polo de Caxias passou por obras assim que entrei no CEDERJ e ficou "aceitável", porém ele é pequeno para a quantidade de alunos e por isso as provas não podiam ser realizadas por lá. A solução era utilizar escolas públicas "próximas". E aí o que ocorria era que fazíamos prova em uma sala de aula com cadeiras projetadas para crianças, com as salas sem iluminação e a escola sem água nos banheiros... É isso mesmo, condições péssimas! Não sei ao certo por que isso ocorria, o provável é que, para economizar luz e água a escola desativava a energia e fechada os registros. Uma prova na parte da manhã de sábado, por exemplo. A segunda prova era realizada na parte da tarde! Ou seja, o aluno fazia uma prova de 9 até 10:30h e ficava aguardando em um local sem água e luz até 13h para realizar a segunda prova do dia! Será que vale tanto sofrimento? "Ah, mas é de graça, o ensino é muito bom e o diploma é de peso no mercado". Como ouvi isso de amigos e parentes! E fui ficando, apesar da revolta. Mas não para por aí.
     O terceiro problema que me levou a abandonar o CEDERJ, e o mais grave na minha concepção, foi o tratamento professor-aluno. Quando você começa a estudar uma Licenciatura qualquer começa a aprender didática, ética etc. Pois tudo que se aprende nessas matérias é feito de forma reversa pelos professores (a maioria deles) no CEDERJ. Vou dar um exemplo: você posta uma dúvida no dia x. No dia x+4 a dúvida ainda não foi respondida... Você tenta falar com o professor e nada. Aí você reclama com o coordenador e este, no dia x+6 obriga o professor a te responder. O professor, então, responde sua dúvida de má vontade e da forma mais simples possível. Sem exagero, pessoal, já obtive uma resposta assim: "Procure melhor no sue material didático". Como se eu já não houvesse procurado! É uma frieza só na maioria das vezes, salvo honrosas exceções.  Onde está a Pedagogia Freireana que eles tanto pregam? Onde fica o respeito pelo aluno? As vezes fica a impressão de que alguns professores sentem um prazer inconfessável em dar notas baixas para a turma. Quando você tira uma nota baixa, ok, deve estudar e se esforçar mais para melhorar. mas e quando TODA A TURMA tira notas baixas? Por três semestres seguidos uma professora deixou mais de 90% da turma em prova final em sua matéria. Três turmas diferentes! O problema, nesse caso, é do aluno (dos alunos) ou da professora?! Mas a coordenação ficou ao lado da professora! Só faltou justificar da seguinte forma (super acadêmica): "Não adianta chorar, vocês foram mal e pronto". Aliás, nenhuma reclamação de nenhum aluno da minha turma, em três anos de CEDERJ, surtiram algum resultado positivo para o reclamante. Extremamente desagradável! A maioria das pessoas na minha turma eram pessoas com mais de 30 anos, empregadas, com família instituída. E eram tratados como crianças! Pessoas extremamente inteligentes e dedicadas, sem dúvida! Imaginem vocês a decepção de receber um resultado de uma prova que você sabe que estudou e se dedicou e... PAH! 4,5... Isso acontecia com alguma frequência, amigos. E ai de você que reclamasse! 
     Isso foi me cansando... Meu CR estava bem (eu disse no outro post que estava em 8,2, mas fui conferir e, na verdade, estava 7,6, pois no final deixei de fazer algumas provas) e eu podia continuar (faltava mais um ano para eu concluir o curso!) até o final "empurrando com a barriga". Mas eu tenho meu emprego e estou estabilizado, não tenho que ficar me aborrecendo por um diploma que eu quero muito, mas que não tenho pressa em obter... Faço História por amor à disciplina! E tenho condições de pagar uma faculdade particular! Foi aí que comecei a procurar uma outra faculdade e encontrei a Estácio. Vocês não tem noção de como eu fui chamado de burro por todos quando eu disse que ia trocar o CEDERJ pela Estácio... Mas no próximo post vou explicar o que há de diferente entre uma e outra e talvez vocês me deem razão (ou não...).

Continua...

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