sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Carlos Martel: A Batalha de Tours


Olá, pessoal! Vou continuar a descrever as lutas e procedimentos militares no início da chamada "Idade Média". Falei um pouco sobre a época de Carlos Magno e agora vou voltar um pouco mais no tempo para contar sobre a maior façanha de seu avô Carlos Martel, a chamada Batalha de Tours (ou de Poitier).

Carlos Martel

Filho bastardo do rei pepino de Herstal, participou da guerra civil que durou de 716 até 718 na Austrásia (norte da França atualmente) contra o Duque Odo da Aquitânia (porção da França atual que faz fronteira com a Espanha ao norte) se tornando "Mor Domus" do palácio (daí a expressão mordomo que utilizamos até hoje para designar aquele que cuida da casa para o patrão) , uma espécie de prefeito , braço direito do rei (na verdade o Mor Domus era o líder de fato). Passa a governar sobe boa parte do Reino Franco. Nessa época a dinastia Merovíngia estava em declínio, e as vitórias nos combates deram a Martel muita fama e consideração do povo. Sua alcunha "Martel" (significa martelo, mesmo!) se deve a sua ferocidade em combate e a utilização do martelo como arma predileta.

Os Árabes

Investiram sobre a Espanha (que chamavam de Al-Andalus) a partir do já conquistado norte da África e derrotaram os Visigodos que lá estavam estabelecidos, chegando as portas do Reino Franco. O comandante desta empreitada era Abdul Rahman Al-Gafiq, uma verdadeira lenda viva para seus guerreiros. Abdul Rahman conseguiu o que nem seu próprio povo acreditava com suas conquistas, visto que agia longe do Califado de Bagdá e com praticamente nenhum apoio. Os árabes eram guerreiros agressivos e suas cargas de cavalaria eram temidas.

O ataque

A primeira tentativa de ataque árabe falha em 721, onde são repelidos pelo Duqe Odo. Só tentam uma nova investida anos depois, em 731, desta vez impondo uma dura derrota às tropas da Aquitânia na Batalha do Rio Garonne, ainda sob o comando do Duque Odo, que se vê obrigado a pedir ajuda à Martel, seu antigo desafeto. A vitória deixou a tropa árabe de posse de muitas riquezas e com moral elevadíssima. Descuidaram, pensando que ninguém teria coragem de atacá-los. Martel, então, reuniu o exército nas tribos Francas e partiu para o combate sem demora. Ao ver as tropas Francas em posição, Abdul Rahman ficou atônito e sem saber o que fazer... a tropa só pensava em defender as riquezas recém conseguidas. Depois de alguns dias de preparação, a batalha começou. Martel mandou alguns cavaleiros contornarem o combate e partir para a Aquitânia a fim de salvar os prisioneiros (que eram nobres e seriam trocados por resgates valiosos). Os árabes se desesperaram e perderam totalmente a organização. Abdul Rahman resolveu então tentar matar Martel. Não obteve êxito e ainda perdeu a vida. Os árabes entraram em pânico ao ver seu líder morto e debandaram, retornando para a Espanha. Era a vitória!

Bom, resumidamente foi assim que ocorreu. O "mundo ocidental" podia ser diferente hoje em dia caso os árabes vencessem essa batalha, pois provavelmente dominariam boa parte da Europa. Ou não... vai saber! rs... Bem, qualquer dúvida ou observação é só utilizar os comentários. Até a próxima!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A época de Carlos Magno


Olá para todos! Após as festividades de comemoração do aniversário da minha filha estou de volta! Resolvi neste post falar sobre uma época deveras interessante: o início da chamada "Idade Média", a época do famoso Carlos Magno. Vou fazer o seguinte, vou explicando as coisas através de tópicos, assim fica mais organizado!

Quem foi Carlos Magno?

Foi rei dos Francos durante o período que vai de 774 até 814. Foi coroado imperador do Sacro Império Romano Germânico em 800. Filho de Pepino, o breve e neto do grande guerreiro Carlos Martel, que evitou a invasão árabe que ameaçava o ocidente a partir da Espanha.

Qual a importância de seu reinado?

Carlos magno unificou os povos Francos, que viviam em conflito, impondo a fé cristã na região. Por sua intervenção salvou o Papa dos lombardos, povo que ameaçava as terras da Igreja. Contribuiu sobremaneira com a cristianização de toda a Europa, que tinha a influencia muçulmana na Espanha e de outras crenças dos povos espalhados nas outras regiões. Foi essencial na fixação dos povos nômades e do início do sistema feudal.

Como era organizado o Exército na era de Carlos Magno?

Todo camponês devia obediência a um nobre local, que o recrutava quando necessário. Não havia treinamento combinado. Cada um treinava quando achava que devia. Os nobres eram cavaleiros (somente eles tinham recurso para manter o equipamento e o cavalo de combate) e treinavam desde muito cedo as artes de combater. Somente os nobres utilizavam a espada. Os camponeses eram a infantaria e lutavam com lanças, arcos ou com o que tivessem a disposição, dependendo do nobre que serviam. Nessa época surgiram inovações no combate, como a cavalaria pesada, onde o cavaleiro usava armadura sobre o cavalo que também podia ser protegido por placas ou cotas de malha.

Quem eram os paladinos?

Esses são famosos nos RPGs. Os paladinos eram a guarda do palácio, os cavaleiros próximos ao Maior do Palácio (responsável pela guarda do rei). Como os reis eram muito religiosos, estes geralmente também o eram. Daí toda a aura de "defensor da justiça" dos paladinos dos RPGs. Não tinham restrição quanto ao uso de lâminas. Talvez essa percepção de alguns venha da figura de Carlos Martel, o paladino mais famoso, que lutava com um martelo enorme!

Nos próximos posts escreverei mais sobre esse assunto. estou a disposição para responder alguma dúvida sobre o período. Quem quiser perguntar basta deixá-la nos comentários! Um abraço!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tróia

Olá galera!

Comecei a ler um livro chamado "O incêndio de Tróia" da Marion Zimmer Bradley e estou curtindo muito. Como ela já havia feito em "As brumas de Avalon" a história é contada do ponto de vista de uma mulher, no caso Kassandra, irmã gêmea de Páris. Eu li a "Ilíada" e está sendo muito legal ver a história por um outro ângulo. E outra, na "Ilíada" a história começa já durante a Guerra de Tróia, enquanto neste livro temos os "antecedentes". Vale muito a pena!

Ainda não avancei muito, estou na página 127, mas já posso recomendar o livro sem medo!!!